Ainda assim, algumas transcenderam sua época, permanecendo relevantes por décadas ou até séculos. Neste artigo, exploraremos cinco categorias de armas amplamente utilizadas, discutindo sua importância em diferentes períodos históricos. Contudo, em 2023, um novo decreto presidencial restaurou o controle estatal com medidas mais rígidas, como a centralização de registros na Polícia Federal e a limitação da quantidade de armamentos. A partir de 2019, o Brasil experimentou uma guinada na política armamentista, com o aumento do acesso a armas e a expansão dos direitos dos CACs. Uma linha do tempo de armas é uma ótima maneira de aprender sobre história, história militar e até mesmo exibições de museus. Ela dá às pessoas uma imagem clara de como as armas evoluíram, tornando mais fácil entender a tecnologia e a história por trás delas.
História e evolução das armas de fogo: da antiga China à era moderna
Em 1963, os cidadãos brasileiros tiveram a oportunidade de escolher entre um regime presidencialista ou parlamentar durante seu primeiro referendo (VEIGA; SANTOS, 2016). Esta forma direta de democracia, conhecida como referendo, dá aos cidadãos a oportunidade de votar em questões nacionais cruciais, como a decisão de aceitar armas de fogo e munições no referendo sobre armas (ARAÚJO JÚNIOR et al, 2017). A história das armas de fogo acompanha, em paralelo, o percurso da civilização humana. Desde as primeiras tentativas de canalizar o poder da pólvora até as tecnologias de armamentos atuais, trata-se de uma trajetória marcada por engenhosidade, disputas militares e transformações sociais.
Nesse caso, as ações de inconstitucionalidade tratam sobre a limitação do porte de arma de fogo para os integrantes das Guardas Municipais, levando-se em consideração o número de habitantes do Município. Apenas para destacar, tais dispositivos estão suspensos, possibilitando, portanto, que os integrantes das Guardas Municipais tenham porte de arma de fogo, independentemente do quesito número de habitantes do Município a que pertencem. Entremeio às tantas polêmicas, entorno do uso de armas de fogo, aqui no Brasil, temos ainda de levar em consideração e ficar atentos aos projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional e as ações judicias que foram demandadas junto ao Poder Judiciário. Tornou mais objetivo o significado de “efetiva necessidade”, para aquisição do porte de arma de fogo, uma vez que, até então, deixava-se a cargo da discricionariedade da autoridade policial federal. “Submetemos à consideração de Vossa Excelência o anexo projeto de medida provisória que ‘Prorroga os prazos previstos nos arts. 222, da Polícia Federal – Por ordem do Ministério da Justiça, foram cancelados todos os documentos federais de porte de arma de fogo, proibindo-se, inclusive, a emissão de novos, sob o argumento de colaborar para a diminuição da criminalidade no país.
Cada geração de armas corresponde a um momento histórico, a uma visão de mundo, a um estilo de guerra e a um tipo de poder. A história das armas de fogo é também a história dos dilemas humanos — entre a defesa e o domínio, entre o avanço e o risco. A história das armas de fogo é a história da transformação da guerra, comprar armas sem registro da política e da própria humanidade.
- Além disso, a tecnologia também permite o desenvolvimento de sistemas de mira mais precisos, sensores avançados e sistemas de comunicação, que melhoram o desempenho das armas.
- Gordon se preocupava também que esse governo conseguisse controlar parte significativa do país para que fosse reconhecido por nações estrangeiras.
- Por exemplo, as pistolas modernas têm miras telescópicas para ajudar na precisão do tiro, enquanto as antigas pistolas de pederneira eram menos precisas e levavam mais tempo para recarregar.
A partir do século XIII, surgem os primeiros canhões portáteis como o de Heilongjiang, um marco da inovação bélica. Foi apenas nos anos 1990 que se iniciou um movimento organizado pelo desarmamento, liderado por ONGs como o Viva Rio, ao perceberem que muitas armas utilizadas em crimes vinham de cidadãos comuns. Hoje, armas de fogo incorporam miras digitais, sensores térmicos, rastreamento balístico e integração com sistemas automatizados.
Por exemplo, com o surgimento das armas de fogo, as táticas de combate mudaram para se concentrar mais em ataques à distância e na proteção contra tiros inimigos. Em resumo, a evolução das armas e a arte da guerra são reflexos do avanço tecnológico ao longo da história. Desde as pedras até os drones, as armas têm desempenhado um papel fundamental nas batalhas e conflitos. A sociedade precisa estar atenta aos desafios éticos que surgem com esses avanços, a fim de garantir um futuro mais seguro e pacífico. Silva (2023) descreve que entre a criação da última regulamentação e a publicação do novo decreto, os proprietários de armas de fogo enfrentarão restrições assustadoras.
Em 1975, valendo-se dos poderes conferidos pelo AI-5, Geisel lançou nova ofensiva contra os “subversivos”, “comunistas” e “terroristas”. O jornalista Vladimir Herzog foi brutalmente assassinado durante sessões de tortura nas dependências do DOI-CODI paulista. O sistema político foi reduzido ao bipartidarismo, os únicos partidos legalizados eram a Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido de apoio ao regime e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), de oposição moderada, controlada pelo regime. Diversos políticos, como Leonel Brizola, líder do PTB e Luís Carlos Prestes, líder do PCB, foram caçados e obrigados ao exílio.
O rifle de repetição foi uma das grandes inovações da época, permitindo múltiplos disparos sem a necessidade de recarregar após cada tiro. O revólver Colt, desenvolvido na década de 1830, popularizou ainda mais o uso de armas de fogo portáteis para civis e militares. Essa arma de fogo portátil, combinando pólvora, projétil e um mecanismo de disparo mais confiável, permitiu que tropas de infantaria ampliassem seu poder de fogo. O avanço continuou com o desenvolvimento do mosquete, uma evolução mais pesada e poderosa da arquebus, que se tornou a arma padrão dos exércitos europeus a partir do século XVI. As conquistas dos mongóis durante os séculos XIII e XIV facilitaram a disseminação da pólvora para o Oriente Médio e, posteriormente, para a Europa. Em 1260, na Batalha de Ain Jalut, mamelucos usaram canhões rudimentares para vencer as forças mongóis, marcando um dos primeiros usos documentados de armas de fogo em batalha.
Com sua longa espingarda e capacidade de ser carregado pela boca, o mosquete era eficaz em formar linhas de fogo e disparar salvas em massa contra o inimigo. Nesse contexto, mesmo leis como a de 1831, que criminalizava o porte de armas brancas e de fogo sem licença, mostravam-se ineficazes diante de uma sociedade amplamente armada. No Império, o porte de armas era defendido abertamente por parlamentares diante da insegurança pública. O senador José Inácio Borges chegou a relatar que ia ao teatro armado, e que todos tratavam de se proteger como podiam.
Das pedras aos drones: uma viagem pela evolução das armas ao longo da história
Já na Segunda Guerra, armas como o M1 Garand, o StG 44 e o icônico AK-47 se destacaram pela confiabilidade e impacto. O armamento se torna também um símbolo ideológico, ganhando papel central na Guerra Fria e em movimentos revolucionários ao redor do mundo. Com a Revolução Industrial no século XIX, armas como o revólver Colt e rifles de repetição tornam-se acessíveis e eficientes, mudando o conceito de combate. A Guerra Civil Americana foi um laboratório de tecnologias armamentistas, com disparos mais rápidos e precisos ditando o ritmo dos confrontos.
Qual é a importância de entender a evolução das armas e a arte da guerra?
Muito além de instrumentos de destruição, elas simbolizam o avanço tecnológico, a organização militar e as mudanças nos padrões de poder. As armas mais avançadas permitiram que os exércitos atacassem à distância com maior precisão e letalidade, tornando a guerra mais impessoal e destrutiva. Além disso, as armas também influenciaram a forma como os soldados são treinados e organizados em batalha. A invenção da pólvora e o desenvolvimento das armas de fogo, como o arco e flecha e a besta, mudaram completamente o cenário das batalhas. As táticas de batalha também foram adaptadas para aproveitar ao máximo essas novas armas. Em situações de agressão injusta, onde a vida ou liberdade do cidadão está em risco iminente e as autoridades estatais não conseguem agir prontamente, é compreensível que o indivíduo busque se defender.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil apresenta uma das maiores taxas de homicídios por armas de fogo no mundo, sendo o oitavo país mais violento de acordo com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC). Mesmo com apenas 2,7% da população mundial, o Brasil é responsável por 20,4% dos assassinatos registrados em todo o mundo em 2020, o que tem gerado preocupação entre especialistas, autoridades e a sociedade em geral (CAMPOS; ANTONIOLI, 2023). A questão da criminalidade e homicídios no Brasil é um tema de extrema complexidade e impacto social, é importante destacar que o Brasil enfrenta altas taxas de homicídios, e muitos desses casos envolvem o uso de armas de fogo. A disponibilidade e o fácil acesso a armas de fogo ilegais são um dos principais esclarecimentos desse problema.
A medida reduziu o número de armas acessíveis a civis, proibiu o porte de trânsito municiado de CACs e transferiu competências sobre registros para a Polícia Federal. O objetivo, segundo o Ministério da Justiça, é encerrar o “armamentismo irresponsável” e restabelecer critérios mais rígidos de segurança pública. Inúmeras ações judiciais questionando a constitucionalidade do decreto surgiram desde a sua promulgação. A Advocacia-Geral da União agiu devido ao grande processo e ajuizou Ação Declaratória de Constitucionalidade, que foi aprovada pelo ministro Gilmar Mendes.